O céu desabou mais uma vez sob Cabedelo, município que não tem sorte com seus governantes. Por lá a corrupção anda a galope, ou desfila em praça pública como fez Wellington Viana (PTN), mais conhecido por Leto Viana, durante as solenidades em comemoração ao Dia da Independência (foto abaixo). Ele se transformou em prefeito da importante cidade sem obter um voto sequer do eleitorado. Só não escapou dos “olhos de lince” do Ministério Público do Estado. Nem ele, nem o antecessor José Francisco Régis (PDT).
Leto e Régis estão encrencados em três ações por ato de improbidade administrativa do MP, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Cabedelo. Recebe assinaturas do promotor Ronaldo José Guerra. O atual prefeito responderá a uma ação pública por descumprimento da Lei Municipal 1.389/2007. Não está só neste processo e terá a companhia da Faculdade de Ciências Médicas.
Decorre da doação feita pelo município de área onde está construído o Campus Universitário, localizado as margens da BR-230, ali próximo a entrada da praia do Jacaré. A faculdade se meteu na encrenca por causa do não cumprimento de uma contrapartida, pois deveria ficar responsável pela construção de uma UTI, recuperação do bloco cirúrgico e mudança da fachada principal.
Prometeu, ainda, pelo atendimento médico gratuito à população local em policlínica do município, também das instalações do Complexo de Responsabilidade Social da FCM, doação de bolsas aos alunos de baixa renda da cidade e promoção de eventos populares, feiras de saúde e cursos de capacitação para os profissionais de saúde.
Em seu parecer, o promotor Ronaldo Guerra destacou: “Alguns desses compromissos foram cumpridos, mas a UTI, por exemplo, deveria ter sido entregue à população desde o final de 2008, não tendo ocorrido isso até a presente data”.
Contra o então prefeito José Régis a irresponsabilidade é tanta que não consta a comprovação de despesas com aquisição de bens no valor de R$ 441.970,97; sobpreço de R$ 40 mil na locação de carros de som; abastecimento em veículos locados a prefeitura de Cabedelo, no valor de R$ 121.483, 89, durante seu mandato de 2009 a 2012. As irregularidades foram avalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Na ação foi solicitado o deferimento de liminar para suspender a obra de ampliação do campus, que está sendo feita em ritmo acelerado. No mérito, caso, a instituição de ensino superior não atenda aos comandos da referida lei municipal, pleiteia-se a anulação da doação realizada pelo município de Cabedelo, com a consequente devolução da área à edilidade onde encontra-se edificada a Faculdade de Ciências Médicas.