As vésperas do primeiro debate das eleições para o governo da Paraíba nesta quinta (31), o candidato Cássio Cunha Lima (PSDB) acendeu uma dinamite. Riscou o fósforo ao lamentar que “a opressão e a perseguição política voltam a serem armas dos que estão no poder […] E é inadmissível termos de enfrentar novamente esse tipo de problema à essa altura de nossa história”.
Em entrevista nesta quarta-feira, 30, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), da Coligação A Vontade do Povo, lamentou o fato de que boa parte do debate da atual campanha eleitoral ainda esteja tendo como pauta “questões do século passado”.
Cássio destaca uma situação inaceitável que ocorreu recentemente na área de serviço público de saúde no Sertão do Estado. Médicos estão sendo impedidos de trabalhar por eventuais divergências políticas com o atual governador do Estado. Um caso escandaloso é do ex-prefeito de Pombal, Dr. Verissinho, segundo o senador.
Médico e vereador de Patos, Ivanes Lacerda também recebeu ultimato e foi praticamente expulso do hospital regional de Patos, recentemente. Especialista em cirurgias em crianças com problemas ortopédicos, Ivanes se queixa de estar impedido de prestar um serviço gratuito para a população carente por mera perseguição política.
– E infelizmente é isso o que tem sido visto em toda a Paraiba. Um governo que briga com os médicos, com os professores e com praticamente todas as categorias funcionais – desabafou o candidato tucano a governador, lamentando que esse tipo de postura se estenda a servidoras grávidas, doentes renais e crônicos, além dos atritos com as instituições, como a Assembleia Legislativa.
O conflito com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por outro lado, foi lembrado por Cássio como um conflito que envergonha os paraibanos. “No governo, tivemos a sensibilidade de atender a comunidade universitária e viabilizamos a autonomia da UEPB. Na atual gestão, essa tão sonhada autonomia foi ferida de morte”, denunciou.
Assessoria