Convenção dos tucanos reforça divergência com o grupo socialista

A manutenção da aliança do PSDB com o PSB é, por ora, um acerto de gogó. Não passa disso. Em privado, o assunto é outro diferente do que está sendo jogado ao meio-fio. A despeito disso, ouviu-se de uma personalidade tucana uma frase que combina com o momento presente do tucanato paraibano.

Noves fora o que já foi declarado, inclusive de que o partido não terá candidato ao governo em 2014 e a respeito disso o signatário do blog ouviu de um tucano com plumagem de líder o seguinte: “Vamos disputar o governo, sim, e é Cássio (Cunha Lima) o candidato (…). Ele vive isso como se fosse a redenção de sua trajetória política, depois daquela cassação injusta…”.

“… Portanto, o eleitor paraibano, o eleitor de Cássio e o eleitor desejoso por mudança é só ter paciência, porque o grande dia está próximo de acontecer”, disse.

Neste sábado (11), em Campina Grande, o tucanato elevou o tom do discurso durante sua convenção estadual para eleger o novo Diretório. O senador Cícero Lucena fez colocações que não foram questionadas por nenhum pessebista que tiveram direito a palavra. Nem mesmo do senador Cássio, que nacionalizou a sua fala.

Curioso. O tom do discurso, com ressalva apenas da fala de Cícero e do deputado federal Ruy Carneiro; deveria ser focado em cima da reedição da aliança vitoriosa com o PSB. Mas não. Talvez, para Campina Grande não seja interessante falar desse assunto porque não é o que os campinenses desejam ouvir.

Dá-se à parceria dos tucanos com os socialistas do governador Ricardo Coutinho o nome de “ilegalidade”. Uma espécie de “nada a ver”. Ou seja, a liderança tucana já percebeu isso e, aos poucos, vai se afastando do grupo que ajudou a eleger em 2010.

Essa política da “boa vizinhança” vai ser levada até as últimas conseqüências.

Estranhou-se a ausência do governador Ricardo Coutinho. Ele não é o maior parceiro do PSDB? Então, há quem sinta algo no ar porque no dia anterior o senador Cássio Cunha Lima não participou da reunião do Orçamento Democrático em Campina Grande.

Claro que a presença do governador era fundamental. Ele é o grande líder político dos aliados do seu governo. Mas os tucanos campinenses sabem o que é bom, também sabem o que ruim.

 

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