Carlos Dunga (PTB) está em dúvida. Não sabe se integrará a base do governo quando assumir a vaga do deputado Genival Matias (PTdoB), que perderá o mandato por decisão da Justiça Eleitoral.
Magoado, a queixa de Dunga não é de agora. Vem por causa do “isolamento”, a pior das experiências para um ex-presidente da Assembleia, ex-deputado federal, suplente de senador e que já ocupou a vaga por um período de seis meses.
Instado a falar sobre a postura que adotará, o futuro deputado Carlos Dunga disse que vai ouvir os aliados:
“Vou ouvir meus eleitores e aliados. Não sei se serei da situação (governo), mas vou esperar o líder Hervásio (Bezerra) me procurar…”.
“… Achava que era da situação, mas não sei se serei útil para o governo. Acho que eles não vêem atrás de mim, até por que o governo tem dois anos e em nenhum momento fui procurado por Ricardo”, desabafou.
Também reclamou da postura do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD), que vai a Boqueirão, anda com o atual prefeito (João Paulo Segundo) – filho do ex-deputado João Paulo, “adversários de Ricardo em 2010 e quem mais trabalhou para derrotar o então candidato a governador”.
Para um político que tem o dinamismo de Dunga ficar a margem das discussões do grupo que ajudou a eleger é o mesmo que ser apunhalado pelas costas. Talvez, tenha ocorrido a partir do momento em que o filho e ex-deputado Dunga Júnior tornou-se secretário do então prefeito Luciano Agra.
Dunga não merecia o isolamento.