A Justiça erra, mas é normal. Porém, quando acerta é para o bem comum. Tome-se como exemplo o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues (foto), destituído do cargo mais importante do futebol do país pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Os desembargadores de outros estados deveriam fazer o mesmo com presidentes de federações, aboletados com salários de R$ 215 mil/mês sem dar um “prego na barra de sabão“, conforme o jargão popular. Por enquanto, em questão o caso Ednaldo, que ainda não podemos dizer um “tchau” porque ele tem um padrinho forte, o ministro do STF, Gilmar Mendes.
Eis a sentença do desembargador do Rio de Janeiro: “Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes“, escreveu o magistrado em sua decisão.
Assume o vice-presidente Fernando Sarney na condição de interventor e tem pela frente a convocação imediata de novas eleições, “o mais rápido possível“.
O caso voltou para o tribunal fluminense após uma decisão do ministro do STF Gilmar Mendes no dia 7. O ministro negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas determinou o envio do caso ao TJ-RJ para “apuração imediata e urgente dos fatos narrados nas petições”.