Com um atraso de dois anos é que os prefeitos paraibanos estão sendo recebidos por Ricardo Coutinho (PSB), quer seja no Palácio da Redenção ou na Granja Santana, residência oficial do governador.
É uma verdadeira festa. Todos são recebidos com foguetões e saem da conversa, uns com a cara de satisfação e outros com a sensação de que não valeu a pena o encontro. Tudo por causa do período pré-eleitoral.
Como se sabe, o governador é candidato a reeleição e faz questão de divulgar o número de prefeitos que aderiram ao seu projeto. Até usa a Comunicação do Estado para divulgar a notícia da possível “adesão”.
Segundo o pré-candidato a governador, ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) concorda que essa “atenção” de Ricardo acontece por causa do período pré-eleitoral das eleições gerais de 2014.
“Os prefeitos amargaram dois anos e meio de desatenção, de discriminação, de um gestor que se negava a recebê-los, que não dava atenção devida que eles precisavam, porque são os prefeitos os mais adequados para dizer quais os problemas das cidades, as necessidades”, disse Veneziano.
É importante ressaltar que o governador nos dois primeiros anos do seu governo nunca recebeu um prefeito sequer. O mais que os gestores públicos municipais se aproximavam era dos auxiliares do Palácio da Redenção.
Mesmo assim, a aproximação ocorria e ninguém resolvia nada, absolutamente nada. Não eram dados pelo chefe Executivo paraibano poderes para solução dos pleitos. Os prefeitos sofreram o pão que o Tinhoso amassou.
“Por que só agora o governador demonstra ter mudado? Claro, com interesse puramente eleitoreiro”, destacou o pré-candidato peemedebista.
Não é democrático esse tipo de postura, porque governo e prefeituras têm que caminhar juntos. Não acontecendo isso, o povo é quem sofre.
É o que acontece hoje.