Nome forte para ocupar uma cadeira de desembargador do Tribunal de Justiça na vaga do Quinto Constitucional, as pretensões do procurador-Geral do Estado, Gilberto Carneiro, pode ter subido no telhado.
Uma denúncia “fora de época” surgiu contra Carneiro, braço direito do ex-prefeito e governador Ricardo Coutinho (PSB). O procurador está encrencado por causa de uma ação civil pública por improbidade administrativa.
A informação está postada na coluna Radar, inscrita pelo repórter Lauro Jardim e veiculada na Revista Veja. Conta que “a investigação desmantelou um esquema que envolve a Desk, empresa fornecedora de assentos para estádios da Copa”.
A peça do Ministério Público da Paraíba, órgão do qual Gilberto Carneiro é servidor; conta que “esquema envolvia 13 pessoas – entre elas o atual procurador-geral do estado, Gilberto Carneiro da Gama, ex-secretário de Administração de João Pessoa na gestão do próprio Coutinho entre 2008 e 2010”.
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“O MP afirma que foi implantada na cidade “um esquema de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito que favoreceu as empresas e seus sócios, causando prejuízos milionários ao erário municipal”.
Expõe, ainda, que “Gilberto é considerado um dos cabeças do esquema porque ordenava despesas da prefeitura (…). Além dele, outras ex-secretárias municipais de João Pessoa também foram responsabilizadas como Ariene Norma Menezes de Sá e Roseana Maria Barbosa Meira”.
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“Segundo a investigação, a Desk foi favorecida em dezenas de contratos da gestão Coutinho em João Pessoa – seja por falta de licitação, tomada irregulares de preços e até direcionamento de concorrências.”
Além de pedir a quebra de sigilo fiscal e bancário dos acusados, o MP pede a indisponibilidade de bens de cada um.
Versão dele – Ao Parlamentopb, o procurador Gilberto Carneiro diz que é inocente. Disse que denúncia de suposta improbidade foi apresentada por concorrente da empresa Desk que queria forçar compra de produto de baixa qualidade: “Estou tranquilo, mas surpreso”